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FliConquista propõe reflexões críticas sobre o 2 de Julho à luz da história e literatura
19 de novembro de 2023

A FliConquista reúne uma diversidade de expressões artísticas e campos do conhecimento humano. Na sexta-feira (17), foi realizada a Mesa Literária 1, intitulada “Independência do Brasil na Bahia: contextos, processos e narrativas – panoramas e personagens”, destacando o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia e refletindo sobre literatura e história como ferramentas de produção do saber.

A mesa contou com a participação de Avanete Pereira Sousa, professora, pesquisadora e doutora em História; Maria das Graças de Andrade Leal, também professora, pesquisadora e doutora em História, e Argemiro Ribeiro, historiador e coordenador do Museu Pedagógico da Uesb. 

A mediação foi realizada por Domingos Ailton. Durante a atividade, foi lançado o livro “Bahia, 2 de Julho: uma guerra pela independência do Brasil”.

Argemiro Ribeiro, coordenador do Museu Pedagógico da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), sublinhou a importância do tema selecionado pela Feira Literária. “A FliConquista, de forma grandiosa e com uma temática escolhida a dedo, pega duas palavras muito fortes e simbólicas para o nosso povo, que é liberdade e literatura, lembrando que literatura também é uma forma de expressar a liberdade. Sentimo-nos privilegiados por fazer parte desse processo”, afirmou.

Maria das Graças Leal, historiadora e professora de história da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), também destacou a importância do evento ao resgatar o tema da independência do Brasil na Bahia em seu bicentenário. A independência, segundo Maria das Graças, é uma temática que merece ser revisitada sob diferentes perspectivas, especialmente no bicentenário, considerando as lutas e conflitos que perduraram no pós-independência.

Avanete Pereira, por sua vez, ressaltou a estreita relação entre literatura e história, evidenciada no livro lançado durante a Mesa. Ela enfatizou a indissociabilidade entre história e literatura, considerando-as ferramentas fundamentais para a compreensão da realidade. “A literatura é algo fantástico, a história também. Essas duas possibilidades, se trabalhadas juntas, eu acho que acabam sendo uma importante ferramenta para a compreensão e elucidação da história”, disse. 

Os 200 anos da independência não são apenas uma celebração, mas uma oportunidade de examinar criticamente o passado e refletir sobre os desafios atuais.

A FliConquista é realizada pelo Coletivo Barravento, composto por professores, produtores culturais, intelectuais e entusiastas da literatura, e conta com a parceria do Studio Palma e o apoio da Fundação Pedro Calmón, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal do Brasil. A programação é completamente gratuita.

Texto: Rebeca Spínola

Fotos: Vinícius Brito