Mesa literária “Sobremesa: degustando palavras, adoçando sentidos” foi realizada no sábado (18), com um bate-papo cheio de conhecimento
Cada livro é uma viagem, e a leitura é o bilhete para destinos infinitos. Os livros salvam a alma, eles encantam o mundo. Se reunir para ler é uma dádiva, e, na mesa literária ‘Sobremesa: degustando palavras, adoçando sentidos”, que aconteceu neste sábado (18), na FliConquista, o bate-papo e a troca de conhecimento mostraram o poder de se reunir para falar sobre livros e literatura.
A mesa foi mediada pela professora Lana Sheila e contou com nove diferentes clubes de leitura. Dentre eles, Entre Linhas, Leia Mulheres Vitória da Conquista, Leitura Preta, Leitores Anônimos, Leitura Negra, Com Todas as Letras, Um ‘dedin” de Prosa e Poesia, Danado de Bom e Coruja. Durante o bate-papo, cada clube de leitura explicou seu propósito.
Em primeiro momento, a representante do Leia Mulheres Vitória da Conquista, Raigil Rosas, explica que o clube visa protagonizar a literatura escrita pelas mulheres. “Nosso clube quer que o mercado editorial abrace as mulheres.”
Logo em seguida, o professor Victor Lima apresenta “Os Leitores Anônimos”, que tem o propósito de desafiar os leitores. “Decidimos criar encontros, e muitas pessoas começaram a se aproximar”. Outro clube é o “Leitura Preta”, que tem o intuito de valorizar obras feitas por pessoas pretas. “Aqui a raça é levada em conta.” Caio Sirino, por sua vez, apresentou o “Um “dedin” de Prosa e Poesia”, que existe desde 2019 e segue uma linhagem mais voltada a conhecer novos escritores. “Mantemos o propósito de conhecer mais obras e autores”, afirma Sirino.
Um dos maiores prazeres da vida é comer, e juntar a comida com a literatura, então, pode ser considerado uma das sete maravilhas do mundo. O clube de leitura “Coruja” reúne os dois. Zezé, representante do clube, explica que os encontros acontecem em um bar ou em um restaurante. “Falamos de literatura comendo e bebendo. As ideias fluem e o papo fica mais gostoso.”
De comida para representatividade, o clube “Danado de Bom” é uma homenagem a Luiz Gonzaga, e a ideia do clube é a viagem pelo Nordeste e pelas páginas da literatura. Além da representatividade, o clube “Leituras Negras” tem a ideia de uma formação anti racista, extendendo o convite para pessoas não negras.
Em finalização das apresentações, Lana Sheila, também mediadora da mesa, apresentou o “Entre Linhas”, clube que existe há mais de dez anos. Para Lana Sheila, a literatura é essencial em sua vida, é isso que ela respira. “A leitura é a minha cachaça, meu vício.” Além da mediadora, sua amiga, Lurdes, que estava na mesa, também participa do clube “Entre Linhas”. Ela diz que o clube é composto por “senhorinhas” e o define em uma frase. “Nosso clube é um clube de prazer, lemos por prazer.”
A FliConquista é realizada pelo Coletivo Barravento, composto por professores, produtores culturais, intelectuais e entusiastas da literatura, e conta com a parceria do Studio Palma e o apoio da Fundação Pedro Calmón, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal do Brasil. A programação é completamente gratuita.
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Texto: Vitor Barboza. Parceria FliConquista, sob orientação de Paula Janay, e Avoador, produto laboratorial da disciplina Jornalismo Digital, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).
Fotos: Gabriela Nascimento.